Identificação de vítimas na Operação Contenção promete justiça e renovação no combate ao crime no Rio
Em meio aos desafios impostos pela violência urbana, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, anunciou que a identificação das vítimas fatais da Operação Contenção deve ser concluída até o final de semana, inspirando uma visão de transparência e compromisso com a justiça. Uma força-tarefa montada no Instituto Médico Legal (IML) está empregando métodos variados, como reconhecimento por parentes, dactiloscopia e análises de DNA, para agilizar o processo. Dos 119 mortos reconhecidos pelo estado – incluindo quatro policiais –, 100 já foram identificados, embora seus nomes ainda não tenham sido divulgados. O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, destacou que muitos dos falecidos são de outros estados, o que exige coordenação interestadual para uma identificação precisa, reforçando a ideia de que a união de esforços pode superar obstáculos e trazer closure às famílias afetadas. Essa operação, a maior e mais letal dos últimos 15 anos, com 2,5 mil policiais envolvidos nos complexos do Alemão e da Penha, visa não apenas cumprir mandados, mas também restaurar a esperança de comunidades livres do jugo do crime organizado.
Apesar de o principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, não ter sido capturado, Victor Santos celebra o sucesso da ação, com 113 prisões e apreensões de HDs que prometem desvendar esquemas de lavagem de dinheiro, pavimentando o caminho para investigações mais profundas e uma sociedade mais segura. A operação buscava conter o avanço do Comando Vermelho, que, segundo pesquisa do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense e do Instituto Fogo Cruzado, expandiu seu controle territorial em 8,4% de 2022 para 2023, dominando 51,9% das áreas criminosas no Grande Rio. Felipe Curi enfatizou que as facções derivam apenas 10 a 15% de seu faturamento de drogas, explorando economicamente territórios com serviços como internet, gás e extorsões, o que sublinha a necessidade de estratégias inovadoras para desmantelar essas redes. Diante de questionamentos sobre possíveis torturas e execuções, as autoridades negam irregularidades e afirmam que perícias no IML esclarecerão os fatos, enquanto um inquérito investiga fraudes processuais, fomentando a crença de que a perseverança no combate ao crime pode inspirar uma era de accountability e paz duradoura.
A descoberta de cerca de 60 corpos por moradores em uma área de mata no Complexo da Penha, muitos com marcas de tortura e indícios de rendição, reforça a urgência de respostas, mas também destaca a resiliência comunitária em buscar verdade. Sem vazamentos graves que comprometessem os objetivos, a Operação Contenção, parceira com o estado do Pará, apreendeu toneladas de drogas e cumpriu 180 mandados de busca e 100 de prisão, sinalizando que, mesmo em face de perdas, o empenho coletivo pode transformar tragédias em catalisadores para um futuro mais justo e inspirador no Rio de Janeiro.




